D.A.R.V.O: Estratégia de Manipulação Narcisista e Abuso Institucional: Negar, Atacar, Reverter Vítima para Ofensor. 

D.A.R.V.O: Estratégia de Manipulação Narcisista e Abuso Institucional: Negar, Atacar, Reverter Vítima para Ofensor. 
Publicado em: 12/03/2025

E a Síndrome de Alienação Parental a dupla prefeita para a destruição psicológica da mulher e a falha na protecção da criança 

Quando uma vítima ousa enfrentar, denunciar ou expor um agressor narcisista, a reação é sempre a mesma: ele nunca assume a responsabilidade pelos seus atos. Em vez disso, recorre a uma das táticas mais cruéis e manipuladoras que existem – D.A.R.V.O (Deny, Attack, Reverse Victim and Offender). O agressor nega tudo, ataca ferozmente a vítima e inverte os papéis, fazendo-se passar pela verdadeira vítima da situação.

Com uma frieza calculada, muitos agressores acusam as suas vítimas exatamente dos crimes que eles próprios cometeram – um fenómeno que se entrelaça com o gaslighting. Não basta distorcer a realidade e manipular os factos: eles descredibilizam, humilham e difamam a vítima, rotulando-a como instável, irracional ou até louca. O impacto psicológico é brutal. E quando existem provas concretas contra o agressor? Os ataques tornam-se ainda mais intensos. Ameaças veladas. Retaliações diretas. Chantagem emocional. Dominada pelo medo, a vítima pode ceder à pressão e ao domínio do agressor, vendo-se aprisionada num ciclo de abuso e silêncio.

Quando o Sistema Protege os Agressores – Narcisistas. 

Agora, imagine este tipo de manipulação reforçado pelo próprio sistema judicial. Advogados dos agressores constroem narrativas distorcidas, manipulando procuradores e juízes a seu favor. Em vez de serem protegidas, as vítimas tornam-se alvos de perseguições judiciais. Muitas mulheres são ameaçadas nos tribunais, forçadas a calar-se sob o risco de perderem a guarda dos seus filhos – entregues ao próprio agressor – narcisista.

Essa violência institucionalizada ganha ainda mais força com um dos maiores absurdos alguma vez inventados: a Síndrome de Alienação Parental (SAP). Criada por um médico com um passado duvidoso e sem qualquer validade científica, esta teoria continua a ser usada para desacreditar mães que denunciam abusos. Mesmo sem base legal em Portugal, o fantasma da SAP continua a assombrar os tribunais, servindo como arma nas mãos de agressores – narcisistas e de um sistema que acaba por ser conivente.

O resultado? Crianças em risco. Mães silenciadas, adoecidas, aterrorizadas com a possibilidade de perderem os seus filhos para os abusadores. Denunciar o abuso torna-se um crime. O medo, a impotência e o desespero instalam-se.

A Justiça que Falha – O Sofrimento que Persiste

Os tribunais portugueses repetem este erro vez após vez. Mães que cumprem o seu dever legal de denunciar  violência e incesto são criminalizadas e afastadas dos seus próprios filhos. Antes mesmo da conclusão dos processos criminais contra o agressor, as crianças são forçadas a conviver com os seus abusadores – muitas vezes através de visitas vigiadas ou, pior, com a inversão da guarda para o agressor.

Esta revitimização judicial é a prova mais cruel de que o sistema não protege os vulneráveis – protege os agressores, maior parte deles com perfis narcisistas/psicopata integrado. A estratégia D.A.R.V.O, quando aplicada dentro do sistema judicial, transforma os tribunais em verdadeiros palcos de violência institucionalizada. A verdade é distorcida. As vítimas são castigadas. Os abusadores saem impunes.

É urgente expor e combater este mecanismo de opressão. A justiça tem de cumprir o seu verdadeiro propósito: proteger os vulneráveis e responsabilizar os verdadeiros agressores. Enquanto isso não acontecer, o abuso continuará a ser legitimado – e as vítimas continuarão a ser sacrificadas.